11 de jan. de 2008

A LAPINHA


O bar A Lapinha é um destes lugares visualmente agradáveis. O público é, basicamente, formado por moradores da região e de bairros vizinhos, como é o caso da Pompéia e da Vila Romana.
A casa tem uma equipe uniformizada com camisetões listrados, que lembram os malandros cariocas da década de 50. Se a intenção era esta, faltou o chepéu e algo mais. Logo explico isso.
Há uma mesa de acepipes e serviço à la carte. O escondidinho de carne seca com mandioca e o caldinho de feijão são tradicionais. Não espere muito além disso.
A casa peca no atendimento, que é lastimável.
Em nossa passagem lá, ficamos cerca de trinta minutos esperando por uma mesa para quatro pessoas na calçada. Quando a mesa ficou disponível, a única atendente feminina da casa resolveu transformá-la em duas mesas para duas pessoas. Neste momento, apenas uma das mesas foi ocupada por duas garotas que haviam chegado cerca de dez minutos depois de nós. Enfim,... uma das mesas continuou vazia, e nós quatro continuamos espreando. Tudo bem. Fazer o quê, não é mesmo?
Passados 5 minutos, um casal chegou e ocupou a mesa que permanecia vazia. Já não estava tudo tão bem...
Depois de mais dez minutos chegou um outro cara, SOZINHO, que chamou um dos garçons de lado e lhe disse algo. Já deu pra desconfiar que tomaríamos outra toca. Nos restava apenas esperar para ver se estávamos prestes a tomar a terceira rasteira da noite.
Pois é...
Aconteceu...
Uma mesa para quatro foi desocupada bem na nossa frente, e quando nos dirigimos até lá o tal garçom, que havia sido corrompido, nos disse que teríamos que esperar mais um pouco, pois aquela mesa seria ocupada pelo cara que estava ao nosso lado, mesmo sem que ele a tivesse reservado.
Falamos. Falamos mais um pouco. Explicamos que estávamos esprando há 30 minutos. Isso nada resolveu.
A situação piorou quando o garçom, que fica devendo educação, nos disse que se não quiséssemos esperar deveríamos ir embora...
Pois é, leitor... Nós fomos. Antes disso, tentamos falar com o gerente da casa, que se omitiu.
O Lapinha pode até ter um bom cardápio, mas lhe falta muito mais que isso.

Falta o fino trato dos malandros cariocas da década de 50.

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